André Novais e Gabriel Martins
Muito antes deste festival existir e a realidade de uma pandemia global servir como dispositivo para modos de produções econômicos, o cinema já possuía esta liberdade de escolha e criação por parte de diversos realizadores em sua história, onde ganhou forças com as transformações e possibilidades do periodo digital. Neste contexto de produção que parte de premissas primordiais em relação aos espaços e corpos que atuam, houveram importantes nomes que ajudaram a consolidar um campo fértil no atual cinema brasileiro.
Hoje já com reconhecimento internacional, André Novaes e Gabriel Martins foram dois dos amigos que encabeçaram a produtora Filmes de Plástico em Contagem (MG) e partiram de uma trajetória única com seus primeiros trabalhos. Não haveria como abordar o cinema mineiro contemporâneo (ou mesmo o cinema nacional) sem lembrarmos do percurso de seus curta-metragens até os últimos longas, onde, ainda que existam mudanças nas formas de produção e financiamento na escala de sua obra filmográfica, se mantém a defesa por um mesmo ideal de cinema: aquele feito junto aos amigos, familiares e bairro, onde espaços, rostos e vozes se transmutam a cada nova proposta de ficção. Graças a essa caminhada, Contagem é parte do imaginário do cinema nacional contemporâneo.
Os Convidados
-André Novais Oliveira
Nascido em 1984, é diretor, produtor executivo, roteirista. Sócio-fundador da Filmes de Plástico, produtora audiovisual de Contagem (MG), criada em 2009, em parceria com Gabriel e Maurílio Martins e Thiago Macedo Correia. Graduado em história pela PUC-Minas e formado em cinema pela Escola Livre de Cinema, faz pesquisas sobre história do cinema desde 2006. Em 2008, foi contemplado pela FAPEMIG com uma bolsa destinada a estudos sobre o cinema mineiro dos anos 60. Foi programador e curador da Sala Humberto Mauro em 2011.
- Gabriel Martins
Gabriel Martins, conhecido no meio cinematográfico como Gabito, nasceu na cidade de Contagem, no estado mineiro do Brasil. Estudou Cinema, Vídeo e Fotografia no Centro Universitário UNA. Debutou como montador e diretor de fotografia do curta-metragem Fantasmas (2010), dirigido por André Novais Oliveira.
Sua trajetória como realizador começou com o curta Meu Amigo Mineiro (2012). Alcançou fama no cenário cinematográfico nacional ao comandar um dos segmentos do longa episódico O Nó do Diabo (2018) e ser um dos diretores de No Coração do Mundo (2019). É um dos sócios da produtora Filmes de Plástico.