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Paula Gaitán

Paula Gaitan tem poucos pares no cinema brasileiro recente, até por oscilar entre obras de formas rebuscadas (como poucas, Julio Bressane, por exemplo) e outras mais diretas (também como poucas, Gustavo Vinagre, por exemplo). Ela transita à vontade entre produções com mais exigências e outras estruturadas no mínimo, justamente essas que, diante de quem filma (artistas que criam, que falam, que criam na fala), a cineasta torna-se um olhar-corpo.

Uma criadora de ação direta, quase sem mediações, a não ser as mínimas necessárias para existir filme, para estar em relação. Em vez de mediação, presença no fora de quadro. Presença que fala, que se expressa visualmente, que provoca as situações filmadas. 

Nesse nosso segundo encontro da série Encontros de Língua Solta, o Festival Online de Filmes de Inquietação (o FOFI) tem o privilégio de receber Paula Gaitán, sem dúvida uma das filmografias mais sólidas e coerentes em suas alternâncias ao longo da última década recém-encerrada. Os modos mínimos estimulam escolhas formais mais livres? Essa liberdade de criação é decorrente da condensação da produção – no hay plata - ou são pontos de partida que reivindicam um modo mínimo e uma equipe reduzida?  Essas e outras indagações estarão a permear nosso encontro. O Encontro de Língua Solta começa às 20h30 na quinta-feira, dia 04/03.

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